Agora que este tempo chegou, vem a sensação de um relógio adiante, este que vai durar em muitos instantes até chegar aí. Breve, agora que veio este tempo, que é distância, é pausa e algum movimento, não penso em nada sério que não seja nosso encontro.
Agora, que sei que também faço poemas soltos, sem sentido comum para outros, agora, que sei que a alma mais sangra porque ama, e não amará de novo assim, confio no abraço que daremos e por isso, vivo a dar cor a este plano de não mentir.
Agora, que a vontade continua soltando palavras, que não preserva mais nada, agora, que sei quanto pesa a saudade, mesmo sem decidir a direção do vôo, quando partir agora, ou na hora que vir, vou carregar isto no peito e sei que vamos viver.
Agora que me acho no quarto com a mão nestas palavras, nenhuma sorte me escapa, nem a morbidez de quem não pode nadar por aqui. Agora, que você me vê daí, nascendo do fio de fim que eu era antes, poderemos ser amigos da esfinge e tratá-la bem para servi-la a todo o sempre amantes.




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