Um achado da minha voz amarga. Este que escuto lá fora, me ouve. Em música seus ouvidos ardentes deixam repetir. A mesma.
Estou aqui de olhos todos e caídos, semelhantes aos seus ombros.
Confesso a este bilhete raro que não tenho nada de bonito. Que sou uma estrela que se apaga a toda hora. Que o verso canta certo. Que é isso mesmo.
A melodia não é mais minha e de tão sua, até o lápis eu pego agora as palavras.
Apenas soltas elas me fazem deixá-las mudas. Como quem quer ter cuidado somente hoje que está escuro.
Passo o dia, assim como o dia me passa. Na cabeça armada, sou tão flutuante quanto ao corpo que não descobri.
Quando claro, meu texto falado se entontece na boca disparada. Porque uma coisa dá aqui e não havia jeito passado a ação.
Pulso direito deslocado como meus olhos, correm para o canto do guarda-roupa. E não precisa entender.

Comentários

  1. Meu seu blog é espetacular show, not°10 desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog
    UM grande abraço e tudo de bom
    http://maximumforma.blogspot.com/

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  2. Tem mais de você em suas palavras do que em sua descrição, isso não tem problema, pois foi sua intenção, são lagrimas que não escorreram, são palavras que escorreram, e dos seus olhos caidos de lado, e que, por outro lado, mesmo com seu pulso deslocado direito não perdeu as palavras para a dor e condor voou sem perceber que era você, e sem perceber agora você entende o que "não precisava entender".

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