Compondo... até sair

Naquela manhã de domingo eu estava de bom humor. Abri o jornal enquanto tomava um café preto e fui acompanhando as más notícias do mundo. Quase fiquei irritado com tanta coisa ruim. Mas, nada iria mudar o meu estado sublime.
Lembro disso, eu estava ali de sorriso fresco, no meu momento informativo, percorrendo cada caderno numa cumplicidade amigável com meu jornal preferido.
As notícias me motivavam a ir às outras num compasso acelerado, fazendo com eu conseguisse ler a maioria dos leads. E na parte do horóscopo, estava lá: “Leonino o universo conspira ao teu favor, aproveite o dia de hoje”. Estava tudo perfeito.
Dei um gole no café e da rua se aproximava a “canção para Elisa” de Beethoven, era o caminhão de gás passando. Fechei o jornal e me inspirei a caminhar.
O meu traje poli esportivo estava super confortável e é era para o Parque da Aclimação que eu iria. Sim, porque ali, até o nome tinha clima, e sendo eu, dono do meu próprio destino foi para lá que me dirigi.
Senti uma cocerinha no nariz, alergia deste ar desagradável de São Paulo, mas nem isto, nem isto, iria atrapalhar o meu belo dia. Afinal, estar no mundo já era uma grande vitória.
O vento batia em meu rosto e eu deixava. O sol começou a arder, então tive que parar para proteger minha pele ...

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