Empoeirado

Limpa a poeira, limpa ! Sou os ouvidos das palavras que não aparecem por aqui há muitos dias, muitos, quase foi pra praça, pros mil... Ah. limpa. É muito estranho afastar-se de algo que se ama para ir em outro que se ama também, e na mesma proporção. Nã parei não. Claro que não, parei com a fôrma. Que no rolo da demora da saudade tiveram formas diferentes de voltar no estilo ão de sentir, agora. Tanta coisa entre muito som e pouco silêncio foram estes anos de Irlanda, quase três daqui e a pouco. E o grito. São tantas emoções que haja cerveja e amigo sereno que ouve e ouve. Mas o que está por trás de quem ouve ?! Que medo de mim quando eu consigo ouvir. Acho que estou ouvindo mais. Acho que gostaria de ter uma caxinha barulhenta. Acho que já tenho uma. Sentimento. Caos, renascimento, iluminismo na economia solidária. Haja saia. E haja saco pra tanta história, virão contos, contadas marginais, de quem fingiu que estudou pra ler o que não lembra mais dos nomes, mas se vitaminou de sumo. Vital, viajo. Não sei citar nada do que não seja um olhar profundo que ja vi. Não lembro nem do óbvio, e isto devia ser vergonhoso. Sim senhor. Sou inteira cheia de gritos hemorrágicos e estava louca já com este negócio de sumir dos meus textos nunca revisados, escarrados. Peciso disso ! Eles me aguentam e isso basta. O tempo escorreu fazendo uma ladeira no caminho. Vai vivendo, vai descendo, ninguém sobe aqui ? Embaixo, é que se enxerga o céu, estou aqui a reparar os diferentes azuis e abrir um de novo. Tudo novo de novo no caminho debaixo. Gente, gente, gente, acho que já vi esta cara, te conheço, você não é aquela da ...? Que vergonha é não lembrar nomes, comprei um livro pra exercícios da memória. Que este negócio de ficar aparecendo de macaco é divertido e da trabalho. ha ! Vômito descomportados. Uma estação chegou, não voltou. Agora mesmo no banho queria microfonar todo o couro de dentro do coco, gritaria debaixo dos cabelos, milhões e milhões de buraquinhos, curtas de pensamentos que só vendo. E depois entope tudo ! No buraco de cima que faria no coco teria uma captaçãozinha pra gravar, dai ficaria tudo no jeito pra dar de natal pra qualquer um que falou estes dias sobre o non-sense de alguém. É uma eternidade pra entender. Dá preguiça de explicar, tem que gravar. Tem muita complexidade no nada. Porque vai nadando assim muito feliz da vida. E pescando o que só se pode achar quando faz isso aqui ó, escrever. Porque só vou saber que sinto isso ou aquilo, ou até que posso criar um mundo novo, quando penso com as mãos. Sim faço meditação diária, não tem muito tempo, é bom. Meditação e apunhados de palavras escorrendo na sauna, suadeira, volta moreno, relaxa. Porque haja amigo sereno ! Não eles não merecem ter uma overdose de vida alheia, vida fresca ! Quanta poeira ! Vamos começar limpando tudo.

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