Sentindo a cena

Era uma dança, olho nos olhos e um par de anéis iguais. Vontade de ver todos os dias e a graça de ser diferente. As minhas pernas querendo cruzar de uma vez. Todo aquele gosto novo, cheio de montanhas e mentes. O desafio era segurar, singular. Eu tinha que ir devagar, voltar e deixar. Sabia de onde vinha aquele suspiro de alívio – um pensado momento de achei com alguns não seis . Eu queria que fosse tudo segredo, que os dentes não rangessem tanto a noite pra você ouvir o sonho. Queria fazer um livro com você e ter mais um gato. Ele iria entrar no filme também, na cena do telhado e a janela, preto, correndo no silêncio que só eles três conhecem. Um cinema inteiro pra mostrar a nossa maresia de amor.Tinha que ser devagar, pra sentir o gosto, aquele pedaço de côco que a gente encontra debaixo da língua. De manhã, na cama, revezava abraço e no dia que não tinha, o medo dava bom dia. Milhões de pensamentos empurrando a segurança pra fora do palco. Um tapa e uma mão macia, tudo da mesma menina. Acho que era suplício de me solta e me prende, eu não tava entendendo. Quem ama volta a ser pequeno.

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